Saturday 29 April 2006

Preservativo e Igreja, Igreja e Preservativo

Até que enfim estamos em vias de parar com este disparate...
Mas continuamos a não poder ver TV, navegar na NET ou comunicação social...poder usar preservativo sem recorrer a filmes porno não mete pica, minha gente...
Onde entra a FHM, SuperMaxim, etc?
Contraditória esta Igreja, hein???


Wednesday 26 April 2006




















Tão radical também não, mas algum fundamento e acerto eles têm...so I say...
O 25 de Abril pode ter sido bom (com as minhas dúvidas), mas faz sentido festejá-lo depois do estado em que deixámos cair o País?
Alguém que se interesse por este povo, eu, sinceramente, não quero saber...

Friday 7 April 2006

Para descontrair

Uma ficha USB que por qualquer motivo não quer entrar numa porta LAN? Questão mais que suficiente para dois médicos pedirem uma terceira opinião a um informático...
Ou uma apresentação com letra miudinha e ecrã bem cheio...para não gastar papel???
Costas viradas para a plateia, será para apontar bem o ponteiro? (é um bom guia de leitura, assim ninguém se perde naquele letrinha)
Após isto, uma ideia a reter...
NUNCA fiquem com um doente duvidoso à vossa responsabilidade, é sempre melhor passá-lo para outro mais graduado, esse terá que pegar na batata quente, problema seu, né?
Ao fim de contas, o importante é sermos ignorantes e incompetentes...desde que haja algum superior para quem empurrar o doente...

E tudo isto em 2 horas num anfiteatro...como consegui deixar-me adormecer com este entus....zzzzzz......iasmo todo?

Humildade

Humildade, s. f. (do Latim humilitate). 1. Qualidade daquele ou daquilo que é humilde. 2. Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. 3. Modéstia 4. Submissão; inferioridade.

Como podemos afirmar ter uma virtude, se ao fazê-lo estamos a mostrar que somos fracos, e isso é a verdadeira virtude?
A humildade tem como objectivo fazer com que o BOM, aquele que se esforça, que trabalha e atinge os seus objectivos com sucesso mais vezes do que fracassa, aquele que possui verdadeiros objectivos seja visto e se veja como FRACO, razoável, sem valor, para que o verdadeiramente FRACO, aquele que não se esforça, que luta pelo mínimo (se lutar), aquele que quiçá nem objectivos terá, se sinta verdadeiramente BOM, MUITO BOM, EXCELENTE, O MAIOR...
Submissão, inferioridade??? Perante quem? A sociedade que oprime os verdadeiros bons? Os que se acham bons mas vivem daquilo que os verdadeiramente bons fazem no obscuro, no desconhecido, por detrás de uma simples cortina de realidade que os oculta e ao mesmo tempo os impede de ver a realidade?
Será justa a submissão a um evento, a uma "realidade", a uma história, criação, acto de magia, a DEUS??? Adeus não, não é a criação de mitos que vai calar a voz do esforço, da dedicação, da variabilidade inter-individual e da capacidade de alguns, apenas alguns, atingir aquilo que perseguem com afinco e vontade, com alegria, com PAIXÃO.
Que valores estranhos nos vemos na nossa vida, que deturpam a realidade, que fazem de nós quais clones de um ser maior, de um indivíduo, que faz com que todos caminhemos no mesmo caminho e sejamos iguais.
Não somos iguais, nem nunca seremos, não podemos percorrer os mesmos trilhos, porque senão todos os outros ficariam encobertos pela vegetação que se adensaria e nos taparia da vista aquilo que poderíamos ser e viver, assim o soubessemos, assim o víssemos...Triste, sádica, altruísta, corrupta vegetação esta que nos encobre de nós e da nossa realização como HOMENS...HUMANOS...humildes???

Could this be true? the real world

Curiosidade engraçadas com que nos deparamos no dia-a-dia, e mais engraçada a forma como as olhamos, como se aquilo que é estranho fosse já habitual, comum...normal!
Falta-nos a alegria de viver, a vontade, o estar atento e ver a realidade como se de uma criança que abre os olhos pela primeira vez prestasse atenção a tudo que a rodeia, aos mais ínfimos pormenores, com essa pureza, essa crítica inerente à novidade.
Mas esse estranho que é a novidade já não é novidade para nós, o insólito que só é apreciado pelos mais curiosos, os mais atentos, os mais apaixonados pela vida...
Essa realidade está aí, temos que a ver, que a desfrutar e não ficar indiferentes, HÁ QUE VIVER MINHA GENTE...

Thursday 6 April 2006

Distorção da realidade ?


















Será tão difícil criar raízes num terreno inóspito, como ter felicidade e liberdade quando somos amarrados, atraiçoados, impedidos de penetrar no fundo do terreno para nos expandirmos, conhecer o que haverá mais além, mais fundo...ser diferente

Olho vivo e pé ligeiro

Estes limites que tanto se fala...
Quem os impõe...esta sociedade, que se autoproclama avançada, tolerante, liberal...Humana?
Mas que nos transforma em máquinas, sociedade que aceita apenas aqueles que se regem pelos seus padrões, o padrão do estatuto social, do ser o maior, competir com o vizinho, o parceiro, que distingue tudo e todos, individualmente, sem dar valor à equipa e ao trabalho interdisciplinar.
Que sociedade esta, que mostra o comportamente mais tipicamente animal, o caçar para sobreviver, o acasalamento para procriação da espécie (qualquer semelhaça com o Vaticano é pura coincidência), o superar a própria raça, competição entre a mesma raça...alguns destes comportamentos deixariam o puro comportamento animal estupefacto.
MAS O QUE É ISTO DE SOCIEDADE E LIMITES QUE NOS SÃO IMPOSTOS?
A alegria e o bem-estar são vistos como patológicos, o mal-estar e a tristeza como desvios da normalidade; o estado de saúde como inimigo, a doença como mal que nos afasta da sociedade.
Felicidade = excentricidade???
Timidez = falta de afirmação pessoal
Nisto tudo haverá espaço para a variação inter-individual, ou até a variação intra-individual...porquê gostar de uma coisa e afirmá-la hoje, se desmenti-la amanhã será falta de afirmação e instabilidade, falta de coerência...Não será isto sinal de uma constante e fantástica procura de conhecimento, de capacidade lógica e raciocínio, da busca incessante de saber e ir mais além?
A vinculação a pensamentos não será uma forma de repressão?
Coitadas das gerações vindouras que serão transformadas em máquinas industriais ao serviço da dita comunidade que se corrompe a ela própria.
O apogeu da robótica veio para ficar, nós somos os robots que dominarão o mundo nos tempos vindouros...para quê a busca de hardware e software avançado que nos permita a libertação espacial e temporal, se nós mesmos teremos que nos tornar umas máquinas ao serviço dessas mesmas máquinas?
Não deveria ser a evolução um bem que nos liberte, que nos deixe ser nós, que nos dê tempo para aquilo que é a condição humana?
Onde vai parar a sociedade? Não dar aos filhos aquilo que o mais antepassado de nós conseguia dar sem um computador, uma televisão, a busca incessante de informação com conteúdo e interesse duvidoso, mas que a procuramos incessantemente para afirmação pessoal...
Onde está o Eu, o Nós, a Família, a Comunidade, a Sociedade que nos distingue do comportamente animalesco?
Será este o caminho a seguir?
Tudo o que vejo é decadência, perda de qualidade de vida, tempo que falta para fazer o que deveríamos ter tempo de sobra...
A realidade que temos é a realidade que desejamos? será esta a realidade que nós Homens vivemos? ou criamos um mundo paralelo à realidade e a deixamos passar sem nos darmos conta...

Porque vale a pena pensar nisto

Wednesday 5 April 2006

Um Dia Não Muito Longe Não Muito Perto



Um dia não muito longe, não muito perto.

Às vezes sabes sinto-me farto
por tudo isto ser sempre assim
Um dia não muito longe não muito perto
um dia muito normal um dia quotidiano
um dia não é que eu pareça lá muito hirto
entrarás no quarto e chamarás por mim
e digo-te já que tenho pena de não responder
de não sair do meu ar vagamente absorto
farei um esforço parece mas nada a fazer
hás-de dizer que pareço morto
que disparate dizias tu que houve um surto
não sabes de quê não muito perto
e eu sem nada pra te dizer
um pouco farto não muito hirto e gagamente absorto
não muito perto desse tal surto
queres tu ver que hei-de estar morto?

Ruy Belo, Todos os Poemas,
CL: 2000.

My bike

A picture of my own